Sejam Bem Vindos ao Fantástico Mundo da Poesia

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Um Relato de Indignação


"Paciência jovem;" sempre ouvi isso das pessoas. O mais engraçado é que eu sempre fui o mais equilibrado. As pessoas explodem em ira ao meu redor e ainda me pedem para ficar calmo, mas eu sempre fui calmo, acho que por isso as pessoas tendem a pisar mais.

Se mostrar calmo demais num mundo cheio de berradores não é tão bom quanto se pensa, mas a gente faz isso não é porque é bom, é apenas prezando a nossa consciência (essa sim que merece ser respeitada). Porém sei lá, tem vezes que dá vontade de acabar com isso, calar a boca de muitas pessoas e mostrar o que é uma pessoa irada de verdade, sair dessa santidade toda sabe, mas quando olho para o céu e o vejo todo azul com suas núvens brancas, vejo que alguém pode estar me observando, e oro e peço desculpas por mim e pelas pessoas que não tem idéia do que fazem.

Haverá alguns que vão balançar a cabeça em sentido negativo pensando que eu poderia está sendo hipócrita, e eu jamais os julgarei. Haverá os que me chamem de idiota. Haverá poucos, extremamente poucos em que concordem comigo, mas isso nada importa, opiniões individuais sempre ouve desde a criação, desde os primórdios do livre-arbítrio, a questão aqui é outra: O que você está fazendo? Será se é realmente com muito barulho e porrada que os problemas serão resolvidos? Será se é isso que sua consciência tanto preza? Olhe para o céu, e veja... Veja que ALGUÉM que tanto o ama pode está te observando, e o problema não é deixa-lo em ira, e sim triste. Você quer realmente deixa-lo triste?

Se não quer olhar para o céu e acha isso "brega" ou "infantil", olhe nos olhos de uma criança, veja o brilho no olhar dela e pergunte para si mesmo: Que futuro daremos para essa geração? Apenas essa pergunta contém um milhão de reticências.

Não se ingane que sua ira seja grande demais ou que as pessoas tem que lhe temer, pois quando os que estão somente a observar resolverem se manifestar, logo verás que o termo ira será uma palavra pequena demais para tudo o que estar por vir, pois o silêncio contém muitos mistérios.

C. Rodrigues

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

A Saudade Ecoa


Pessoas que se foram
Não foram levadas
Saíram atoa
De roupa ou peladas
Saíram da vida na boa
Erguida as cabeças às estradas
Saíram sem prévio aviso ao vento que soa
Sem nenhum juízo e nenhuma parada
Saíram da minha vida fantasiados nos gritos que ecoa
De chegadas alegres e saídas ferradas
Do tempo que enjoa
Saíram os amigos que achava amizade lacrada
Na vida do pobre poeta cantando entoa
De tempo em que era criança tolo não sabia de nada
E em minhas palavras chorando mentira destoa
Nos ares e águas amigos brincando e a amada
Sorrindo a toa
Sem nenhum problema na curva da vida inclinada
Que tempos e amigos se foram e as presenças vazias amontoa
Que vida agora azarada

C. Rodrigues

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Sensações e Vírgulas

Às brisas chegam à casa
E uns passos pertinentes são ouvidos
A amada vem vindo
Com sua vontade louca
Sede por sexo
Abre a porta no começo quase rouca
Rasgando e acolchoando as roupas
Estremecendo na cama seu ego
Com ainda a louca sede por sexo
Seu pudor questionável
Dentre as pernas o suave doce aroma
Da mulher na sua fase
O suor misturando adrenalina
De quase ao ápice com boca aberta ao êxtase do alivio
E gritos e ditos selvagens tomam contam
Da noite com velas e videos adultos
Da pimenta colocada e da língua passada
Dos pés subindo ao corpo
E na reta se encontram
Carne com carne e corpo com corpo
Um à colocar o louco e outra a colocar seu corpo
Seu corpo que geme e que chora
Nas lembranças na outrora de outro
Esquece
O dado amor pouco
E grita rouca agora na noite
Do grande e maravilhoso amor louco

C. Rodrigues

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Saudade da Vida Que Hoje é Morte


Escutando uma música
Transcedendo o tempo
Pessoas me vem a mente
Que a saudade do que sente
Daquela vida que hoje é morte

Me enxergando em choro forte
Da angústia que não descrevo
Dos inflamados poemas que escrevo
Pessoas me vem a mente
Daquela vida que hoje é morte

De tempo bom que sorríamos de tudo
Dos bons conselhos dados
De não entender direito o que é morte
De não saber porque se está chorando
Daquela vida que hoje é morte

De não se preocupar com a sintonía de escrever
Nem tão pouco querer cantar bem
Apenas escrever e cantar
Sorrir e chorar sem saber, apenas saudades
Daquela vida que hoje é morte

E ao hoje as cinzas do tempo jorram ao chão
Pesando entedimento de tudo
Do esmigalhando coração
Acompanhado de infeliz sofrimento
Daquela vida que hoje é morte

Do bendito tempo que insiste em me odiar
Daquela vida que apenas só sabia amar
Mas como bom teimoso
Persisto em continuar com saudade teimando forte
Daquela vida que hoje é morte

E de todas as lembranças infinitas
Que a saudade que acende no meu peito ainda sentirei
Mas teimoso à morte mais de mil vezes viverei
Que meu coração conforte
Daquela linda vida que hoje é morte

C. Rodrigues

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Do Adeus ao Encontro com um Anjo


Eu nasci
Como criança de coração apaixonado
Admirador de estrelas e luas
Adjetivos de muitas coisas melancólicas
Romântico por essência

E cresci
De apaixonado a condenado
De sentimentos que admirava
Preso por um julgamento de um amor cruel
Da sentença final um fracasso

E sofri
Nos momentos que chorei
Estranho ao homem derramar águas dos olhos
E como poeta algo simbólico
Sangue do coração jorrou espalhado pelo mórbido chão frio

E senti
Ao peso do que chamara amor
Uma pontada no meio do peito
Mas subindo a escada da vida
Surge um anjo que aos meus olhos brilharam

E morri
Pensei em estar morto
Pois avistei o anjo que me salvou
Apertou o coração ensaguentado
E estancou a sangría da ilusão

E percebi
Naquele instante que até então não sabia o que era amor
Pois me encontrei com minha outra metade
As duas partes da laranja, a garrafa e a tampa, o caderno e a caneta
A ilusão (que eu me tornara) e o amor suave que encontrei

E sorri
Sorri tanto o quanto pudera
Que infeliz não mais seria
Pois a mulher mais fascinante tinha surgido na minha vista
Que esperança voltava ao coração de um pequeno poeta da vida

C. Rodrigues