Meu
outro eu morreu...
Deve
estar circulando em algum canto de uma escuridão distante,
Longe
da razão, longe de toda coisa vivente.
Quem
matou?
O
amor, o amor que foi crescendo e crescendo...
E eu nem percebendo quando estava
morrendo.
Nem
ilusões me restam mais
As
minhas razões já morreram todas
Acabei
de chegar do velório da minha última esperança
Amanhã
será enterrado minha última gota de sentimentos
Mudareis
meu jeito para a simplicidade do orgulho cruel
As lagrimas infâmias já ficaram todas
para trás
Mas
continuo murmurando meus últimos fôlegos dizendo:
“A
exaustão não permite que eu ainda lute”
Até
as sombras da escuridão do eclipse já consigo ver.
Não
quero mais me estribar na ignorância da podridão do amor.
Se
existe preto e branco agora em meu mundo opaco de escuridão
O
vermelho já escorre de minhas veias derramando meu sangue podre pelo golpe que
o amor covardemente me deu...
Se
morri? Creio que não!
Meu
corpo deve estar por ai andando em uma praia deserta com o céu coberto de
nuvens negras.
Já
sinto o cheiro do enxofre escorrendo em minhas veias tão obscuras
Tão
pálido, tão frio, tão inquietante já deve estar meu corpo.
Acabei
na tristeza como vitima do sentimento amargo e desumano
Que
tristemente me atraiu me acalmou e depois lançou a espada da morte sobre meu
infeliz coração e fatalmente me matou.
[Cícero Rodrigues]
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