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quinta-feira, 17 de março de 2016

O Sentimento Que Me Matou...

Poema feito para uma apresentação na noite gótica escolar no final do ano de 2015...

Meu outro eu morreu...
Deve estar circulando em algum canto de uma escuridão distante,
Longe da razão, longe de toda coisa vivente.
Quem matou?
O amor, o amor que foi crescendo e crescendo...
E eu nem percebendo quando estava morrendo.

Nem ilusões me restam mais
As minhas razões já morreram todas
Acabei de chegar do velório da minha última esperança
Amanhã será enterrado minha última gota de sentimentos
Mudareis meu jeito para a simplicidade do orgulho cruel
As lagrimas infâmias já ficaram todas para trás

Mas continuo murmurando meus últimos fôlegos dizendo:
“A exaustão não permite que eu ainda lute”
Até as sombras da escuridão do eclipse já consigo ver.
Não quero mais me estribar na ignorância da podridão do amor.
Se existe preto e branco agora em meu mundo opaco de escuridão
O vermelho já escorre de minhas veias derramando meu sangue podre pelo golpe que o amor covardemente me deu...

Se morri? Creio que não!
Meu corpo deve estar por ai andando em uma praia deserta com o céu coberto de nuvens negras.
Já sinto o cheiro do enxofre escorrendo em minhas veias tão obscuras
Tão pálido, tão frio, tão inquietante já deve estar meu corpo.
Acabei na tristeza como vitima do sentimento amargo e desumano
Que tristemente me atraiu me acalmou e depois lançou a espada da morte sobre meu infeliz coração e fatalmente me matou.

[Cícero Rodrigues]

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