Ainda que me agonize a alma
Ainda que maltrate o vácuo do meu coração
Ainda que me tire a paz
Ainda que faça rios de lágrimas escorrerem sobre o meu rosto vil e cicatrizado
Ainda que a dor de cabeça penetre nas entranhas da minha mente
Ainda que a ira tirana me provoque a paciência
Ainda que o peso do amor me sufoque com seu fardo grande e inquietante
Ainda que o mundo me empurre negatividade
Ainda sim viverei na terna esperança da continuidade
Na filosofia da fidelidade
Na persistência da naturalidade
Nos longos e tortuosos caminhos da maturidade
Deitado nos braços acalentados da serenidade
Cá intacta minha integridade
Nos esboços, trocando cartas à racionalidade
Com meu maior e contraditório amor: a infâmia reciprocidade.
- C.R
SÃO LUÍS, MA
11 DE ABRIL DE 2021
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