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sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Consciência da Opinião (Análise)


Andamos vendo, visuzalizamos mesmo até não querendo; Escutamos porque não podemos tapar os ouvidos toda hora, e ainda assim continuamos a opinar e ouvir opiniões e na grande maioria das vezes, totalmente incorretas.

É tão lindo ver um jornalista passar informações imparcialmente. É tão bonito ver um músico falar de intrumentos e usa-los mostrando seu conhecimento. É tão bom ver professores entregando tudo de si nas aulas em que são mestres.

Agora o questionamento: "Mas opinião é pessoal, dar quem quer e como quer." Mas até pra opinião pessoal tem que ter discernimento, não? Vivemos em uma sociedade, não em um safari. Tem que ser justo e coeso como em uma redação, mas não tão organizadamente. Ainda assim um advogado não pode falar sobre problemas ambientais sem estudar o assunto a fundo do mesmo jeito que um biólogo não pode defender um réu em um julgamento.

O mundo é gigantesco e para se manter firme é nessesário equilíbrio, equilíbrio de saliva, porque já basta 36 espécies de cobras peçonhentas no Brasil. Então cada um com sua opinião incorreta nas suas determinadas bocas fechadas, se não, pra quê serve a consciência e a auto-vergonha? Pois até mesmo opinião tem que ser passada de forma inteligente, se não, não nos diferenciaríamos dos animais.

Sim, opinião é pessoal, é sua, é minha e de quem quer dar, beleza, ok. Mas não custa nada dá uma atenção para tentar diminuírmos tanta vergonha alheia de quem ver e ouve algo assim.

C. Rodrigues

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

A música, o Tempo e o Poeta


E as vezes
O choro suaviza o coração
Com a doce melodia
Da lenta música apaixonada
Dos sons que adormecem
O peito
Num aperto tão insano
E ao depois restam as lembranças
Que na herança mais nítida
Te deixa o vazio e no lugar uma dor
Da história mais linda de amor
Que um dia viria a ser poesia
Triste e inquieta
É a saudade
Que na vontade mais intensa
Desejamos
Ah e ao rolar da doce música apaixonada
As lágrimas dançam no rosto do poeta melancólico
E voltam as lembranças de passados esquecidos
De amores bandidos
De amigos banidos
De amor próprio perdido
E restando ao tempo
O senhor da razão
O maior poeta
As últimas palavras
O último verso:
"Os dias passam e as ondas sonoras perdem o som junto as ilusões
E o amigo vento leva à longe todo amor que um dia inquietou corações"

C. Rodrigues

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Uma Questão de Educação


Hoje um episódio me intrigou um pouco, e acho que merece algumas linhas de atenção.

Fui a um centro de saúde hoje, sentei-me a bunda na cadeira da fila de espera, e a moça que estava organizando disse para outra pessoa (que também estava esperando) para sentar-se ao meu lado para então se organizar até ambos chegarem sua vez, e curiosamente a pessoa relaxou e sentou-se duas cadeiras depois da minha. E pra não dizer vergonzosamente que o problema estava em mim, outra pessoa repetiu o ato com seu companheiro do lado. Isso faz-me questionar o rumo de uma sociedade que fala em amor, paz e confiança, e prega o desprezo e o relaxamento.

Timidez? Medo? Incômodo? Pode ser, mas também pode ser fadiga de inquietação alheia, como se fosse uma epidemia que passa de pessoa pra pessoa, isso talvez se dê pelo stress do dia-a-dia e de todas as enfadadas burocracias que insistem nas dificuldades das resoluções de problemas tão simples da sociedade.

Mas um fato é, que, mesmo com tantos stress e calor de preocupações, é tão simplório se afastar das pessoas que não se conhecem, mas trocam bom dia e boa tarde nas horas mais importunas da vida. O jeito do Brasileiro é com certeza um jeitinho brasileiro difícil de entender, então não nos custa tanto achegar-se as pessoas, não importando quem, mas que em algumas situações é educado e simpático juntar as cadeiras de pessoas de tantas e tantas faces e de sentimentos diferentes, isso é ser educado.

- C. Rodrigues

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Princesa de Coração Frio


Tu... somente tu
És o sol teimoso em nascer em meu mundo
És o gosto bom de um desgosto profundo

Menina de olhar sereno
Tão doce e maravilhoso
É teu beijo pequeno

E grande teu carinho brilhante
Que na paisagem mais distante
É visto em tua face bela e radiante

Menina princesa de coração frio
Teu jeito me espanta, mas também me encanta
Neste mundo sombrio

Menina que acende
Num corpo teimoso de orgulho em conflito
Um fogo formoso de carinho infinito

Menina serena de doce melancolía
Me afaga os dias em teus braços
Na terna folia do teu gostoso cansaço?

C. Rodrigues