Sejam Bem Vindos ao Fantástico Mundo da Poesia

quinta-feira, 15 de junho de 2017

Imaginar-se Coisas Mais


Imagine-se perder-se numa ilha deserta
Você e o tal do seu amor
Desprezando as cenas de filme
Apenas sua história de amor
Ouvindo as ondas do mar
Misturando-se com suas vozes
As curvas das nuvens acima
Misturando-se com as curvas dos seus corpos

Imagine-se um tempo a mais
Sem os embaraços e entrelaços do mundo
Você e o tal do seu amor
Se perdendo apenas
Mais e mais
No prazer das coisas pequenas
Mais e mais
No enfadado da troca de olhares e coisas mais

[C.R]


segunda-feira, 12 de junho de 2017

Embaixo das Estrelas o Prazer


E quando os corpos se encontram
No entrelaçar da natureza
Me espanto de espanto
Quando jaz morta a linda pureza

E quando vejo a carne em carne
No seu mundo de prazer
Interpretou ao meu jeito o egoísmo: a magestade
Me atenta ao modo de não doer

E quando os gritos já ouço
Finjo-me de criança
Na ilusão a manter-me limpo
Já tarde posto fogo na esperança

Não fugindo da intenção
Bem que é lindo
Aquele ato exótico de atenção
O casal ao encontro dos desejos, indo e vindo

Ah como é privilégio
O amor se diluir na prática fervente
Esmiuçando o sacrilégio
Uma copa de arvore fazendo um mistério do templo de amor ardente

[C.R]


domingo, 11 de junho de 2017

O Eu da Minha Dúvida


Fingir-me como?
Esconder-me como?
O que sou está por ai
Ai nas palavras cabulosas
Está ai nas minhas palavras amorosas

O que estou a fazer?
Esconder-me de mim?
Negar-me enfim
Ou me envolver mais
No labirinto poético sem fim?

No vácuo das dúvidas tento me encontrar
Entre o poético e a razão
Procurando algum lugar
Escolho amor e paixão, dissemino o coração
Escorrego-me no risco de não parar

Como fugir-me de mim?
Eis a final questão
Escondo-me ou apareço
Afinal, com quem pareço
Animal ou assombração?

[C.R]


sábado, 10 de junho de 2017

Acordei em Poesia


Entre o aleatório das estrelas
Um mar de estrelas bagunçam minha mente
Entretanto a confusa escura e borrada
Faz-me ver opaco a imagem da doença
Que aflige minha mente
Tem cabelos longos
Pele macia
Sorriso de dar fôlego, não tirar
Olhos pretos, sei lá
Uma simpatia
A bailar num clarão em meio aquela escuridão
E como o bom dura pouco
De repente caem estrelas na minha cabeça
Acordo como um louco bondoso
Enfim com a imagem nítida da vida real
E do anjo agora claro na minha mente
E nem tão somente no meu coração

[C.R]

sexta-feira, 9 de junho de 2017

Quando é Você


Te olhando num instante
Te vi linda e radiante
Com teus olhos tão brilhantes
Como lindos diamantes
Com teu sorriso amarelo meia boca
Como uma linda e alegre lebre louca

Te olhando num instante
Te vi linda e radiante
Com teus reflexos coloridos
Como abelhas e seus vestidos
Com teus braços morenos e lisos
Como a lama macia que hidrata a pele e na face, risos

Te olhando num instante
Te vi linda e radiante
Com teu cabelo preto e cativo
Como os nylons do meu violão, suave e passivo
Com teu sorriso que insisto em dizer; oh, que sorriso!
Como a pureza da lua que insiste em brilhar em teu riso

Te olhando num instante
Te vi linda e radiante
Com teus lábios que permita-me dizer, que lábios!
Como os golfinhos carinhosos pseudo-sábios
Com teu jeitinho de sofrer por ilusão amorosa
Como a relação complicada do cravo e a rosa

Te olhando num instante
Te vi linda e radiante
Com essa tua elegância de criança
Como o avatar intimidado que ainda dança
Com essa tua beleza que gera gentileza
Como o voar mais que a borboleta que transborda a sua delicadeza

Te olhado num instante
Te vi linda e radiante
Com teu jeito bobo de conversar diferente
Como uma criança mimada e carente
Com teu sorriso enfim, no teu olhar sereno
Como uma naja, com o mais maravilhoso veneno

[C.R]


quinta-feira, 8 de junho de 2017

Quem Será Herói no Final das Contas...


Quem será capaz
Destingir, assemelhar
Coração podre, coração puro, disseminar
Quem será capaz de fazer chegar a paz?

Quem será humano
Coragem ter, verdades dizer
Que em meios a tantos poder morrer
Quem será humano a desafiar o profano?

Quem será sábio
Nunca cansar de aprender
Um dia quem sabe encarar o poder
Quem será sábio em correr e ser hábil?

Quem será bobo
Em meios a muitos falar de amor
Trocar o mal pelo bem, pôr flor onde tem dor
Quem será bobo em dizer que estou louco?

Quem será herói no final das contas
Rasgar o papel, quebrar a caneta
Trocar o violão pela bendita corneta
Quem será herói no final das contas, errar vezes, muitas vezes... Quantas e quantas?

[C.R]


O Verbo Fugiu do Amor


Quem diria
Que o doce do amor
Que viria
A ser um horror
Seria apenas chocolate amargo

Quem teria
Coragem de dar coragem ao chorar
Que o início da alegria terminaria
Para quem sabe felicidade, a eterna chegar
E dar adeus pra quem pensar de novo e chorar

Quem iria
Ao encontro de um apaixonado a sofrer
Que em suas mãos seus versos rasgaria
E meio até embebedando dizer:
Toma mais vinho e venha-se viver

Quem faria
Planos pra vida, mas fala em morrer
Que em seus gestos jaz tornaria
Um louco dizendo morte ao prazer
Que mundo é este viver?

[C.R]


Uns Segundos Imundos



Os segundos
Tal longe, tal perto
Longe
Talvez no coração apaixonado do pobre monge
Perto
Talvez num acidente do inocente de coração aberto

Segundos
Ao tempo de uma palavra pequena
Ao tempo de uma letra apenas
Ao tempo de um adeus sem direito a resposta
Ao tempo de um choro, pois perdeu a aposta

Segundos
Ora rápido, ora lento
Rápido
Talvez no último suspiro, no último abraço
Lento
Talvez no ato apaixonado do prazer violento

Segundos
Vez imundo, vez profundo.

[C.R]