Como
apoderar-se da fantasia tão perplexa
Insipiente,
tão ébia
Tão
estranha, surreal
Arrepiante e horripilante?
Como
entender os caminhos
Das
estradas enferrujadas
Das
poeiras da piçarra
E
os destinos cegos do coração?
Como
esmagar algo tão banal
Oh
maldita paixão
Como
entender a criança dentro de mim
E
consolar meu coração?
Quando
penso, ainda penso
Tão
profundo muito inquieto
Numa
loucura de silêncio
Como
matar-me e continuar vivendo?
Porque
não se pode amar
E
ainda odiar
Odiar
tudo e todos
E
ainda ter amor num desvelo tão imenso?
Não
quero nada
Nem
ao menos amor
Apenas
existir e continuar amando
Mas
como se pode amar e não ser amado?
O
que ninguém pode negar
É
que é estranho e bizarro
Muito
excêntrico e obscuro
Mas
como se amar no estranho escuro?
É...
Não sei
Não
sei se é ódio ou amor
Sinto
apenas que sou amador
Mas
em que sentido, no amor ou na vida?
Eis
a questão...
[Cícero Rodrigues]
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