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quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

A triste história de um menino


     Era uma vez um menino que nascera em uma cidade pacata no interior de um estado pobre, mas não um simples menino, um garoto que quem o via e ouvia ficava no mínimo um tanto curioso e surpreendido, surpreendido com seu jeito de pensar e de falar. Apesar de sua pouquíssima idade era de se surpreender como ele era poeta, observador dos fenômenos naturais, como ele via aquelas estrelas com seus olhos cintilantes sem piscar nenhum momento com medo delas fugirem. Porém esse garoto tinha algo que os poucos que tinha o escondiam e os muitos hipócritas que não tinham diziam o ter, algo que só os que realmente sentiram poderiam descrever algo que o tornava triste e pensativo; o amor, sim o amor, essa palavra que nos dias atuais é comum e desprezada do seu real significado. Esse menino que era um pouco crítico com aqueles que diziam: “te amo” como dizem: “bom dia”, mas humilde e consolador para com aqueles que tiveram seus corações perfurados e dilacerados por essa palavra de quatro letras; amor.
     Foi nos meados da doce e divertida infância que seus olhos tontos e brilhantes olharam para aquela figura linda, sorridente e magnânima, foi na inocente infância que se enraizou a amizade, do qual anos depois habitaram somente nos seus pensamentos quando os ventos dos dois seguiram caminhos poucos diferentes, pois mais anos se passaram e eles voltaram a se ver, um ano apenas tinha para conquistar aquela menina, sua última chance talvez. Dias se passaram semanas se passaram, depois vieram os meses e a história continuava intacta.

     O principal erro daquele menino não estava na arrogância com os orgulhosos, não estava na crítica com os injustos e nem mesmo nas brigas com sua família, o erro real daquele garoto estava no medo, sim, medo de receber um não, medo de seus pesadelos que o atormentavam noite e dia, medo de falar e principalmente o medo de ouvir, sua insegurança o torturava, mesmo com sua consciência limpa e digna o medo lhe martelava a cabeça. Mas veio o que viria a ser um alívio ou mesmo o apocalipse para aquele garoto; por algum meio aquela linda e confusa garota soube do dizer do amor daquele garoto, sim do dizer, pois para ele, ela não sabia ou até fingia não saber que aquele amor era como uma força sobrenatural, grande tão mesmo quanto às estrelas, tão mesmo como o amor da lua e do mar.

     Mas então tristemente chegou o fim, o fim do ano, o fim da ilusão de quase uma vida toda, o fim do único amor da vida daquele menino, e então os anos se passaram, se passam e passarão e aquele menino, poeta, observador, lá do início, se tornara um ser frio e sem valor para si mesmo, um ser cujo seu valor morreu junto ao seu amor, mas que nunca deixou de acreditar em outras simplicidades e virtudes da vida; como as estrelas, o céu, a família, Deus e os amigos que sempre fizeram parte da vida desse menino que morreu com uma esperança bem maior do que a do seu grande amor, a esperança em uma vida eterna.


[Cícero Rodrigues]

- Desculpem pelos erros gramaticais e ortográficos, comentem e/ou compartilhem, críticas também são bem vindas.

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