Sejam Bem Vindos ao Fantástico Mundo da Poesia

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Marcela


Olha que coisa engraçada
Um dia desses vi uma criatura toda encantada
Cheia de charme, de graça.
Rapidamente apaixonei-me por sua raça

Ah... Como ela era bela
Toda bonitinha, uma sublime e elegante donzela.
Parecendo uma linda atriz de novela;
Mas desta vez não era mais uma ilusão de mulher piranha-amarela
Era uma doce e simples cadela que se chamava Marcela.

[Cícero Rodrigues]

domingo, 27 de dezembro de 2015

Quantas saudades


    A saudade é uma amante, uma amante cruel que te faz sentir depressivo e não te abandona. Uma saudade de tudo, mas não de grandes coisas, saudades apenas daqueles momentinhos com a família em um almoço especial, saudades da garrafa de refrigerante passando de mão em mão naqueles almoços de domingo, saudades até mesmo dos apelidos carinhosos dos colegas na escola, dos elogios dos professores, grande saudade do contato com todos eles, saudades sangrentas e atordoantes que nos fazem refletir, saudades também da vozinha gritando: "venham almoçar meninos", saudades até mesmo da inocente infância de todas aquelas brincadeirinhas que hoje pensamos: "ah que besteira, como eu era infantil".
     Talvez um erro fatal de muitas crianças atualmente esteja na imensa vontade de crescer e se tornar idiotamente o que chamam de responsáveis, pois antes um ser assumir sua infantilidade do que não saber o que fazer com sua autonomia e nem mesmo como governar a si próprio. Porém a saudade consegue até mesmo ser maior do que todas estas bocas falantes. Saudades que se camuflam em todos os sentidos, saudades amargas na infinidade das tristezas, saudades doces de lágrimas solitárias, saudade incondicional, e porque não dizer saudade Platônica.
     Como não se lembrar daqueles olhos cintilantes assistindo todos aqueles desenhos animados com os primos!? Como não se lembrar das doces briguinhas entre as priminhas e depois pedir o perdão com a verdade no olhar da criança!? Ah que imensa saudade... Assim como o trabalho do tempo é passar e passar; o trabalho da saudade é fazer-nos chorar e chorar, saudades que nem mesmo um tufão conseguiria levar, saudades que ninguém jamais conseguirá explicar, mesmo insistindo aqui em desvendar. Saudades, infinitas saudades. E qual a face da sua saudade?

[Cícero Rodrigues]

Desculpem pelos erros gramaticais e/ou ortográficos, comentem e/ou compartilhem, críticas também são bem vindas.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

A triste história de um menino


     Era uma vez um menino que nascera em uma cidade pacata no interior de um estado pobre, mas não um simples menino, um garoto que quem o via e ouvia ficava no mínimo um tanto curioso e surpreendido, surpreendido com seu jeito de pensar e de falar. Apesar de sua pouquíssima idade era de se surpreender como ele era poeta, observador dos fenômenos naturais, como ele via aquelas estrelas com seus olhos cintilantes sem piscar nenhum momento com medo delas fugirem. Porém esse garoto tinha algo que os poucos que tinha o escondiam e os muitos hipócritas que não tinham diziam o ter, algo que só os que realmente sentiram poderiam descrever algo que o tornava triste e pensativo; o amor, sim o amor, essa palavra que nos dias atuais é comum e desprezada do seu real significado. Esse menino que era um pouco crítico com aqueles que diziam: “te amo” como dizem: “bom dia”, mas humilde e consolador para com aqueles que tiveram seus corações perfurados e dilacerados por essa palavra de quatro letras; amor.
     Foi nos meados da doce e divertida infância que seus olhos tontos e brilhantes olharam para aquela figura linda, sorridente e magnânima, foi na inocente infância que se enraizou a amizade, do qual anos depois habitaram somente nos seus pensamentos quando os ventos dos dois seguiram caminhos poucos diferentes, pois mais anos se passaram e eles voltaram a se ver, um ano apenas tinha para conquistar aquela menina, sua última chance talvez. Dias se passaram semanas se passaram, depois vieram os meses e a história continuava intacta.

     O principal erro daquele menino não estava na arrogância com os orgulhosos, não estava na crítica com os injustos e nem mesmo nas brigas com sua família, o erro real daquele garoto estava no medo, sim, medo de receber um não, medo de seus pesadelos que o atormentavam noite e dia, medo de falar e principalmente o medo de ouvir, sua insegurança o torturava, mesmo com sua consciência limpa e digna o medo lhe martelava a cabeça. Mas veio o que viria a ser um alívio ou mesmo o apocalipse para aquele garoto; por algum meio aquela linda e confusa garota soube do dizer do amor daquele garoto, sim do dizer, pois para ele, ela não sabia ou até fingia não saber que aquele amor era como uma força sobrenatural, grande tão mesmo quanto às estrelas, tão mesmo como o amor da lua e do mar.

     Mas então tristemente chegou o fim, o fim do ano, o fim da ilusão de quase uma vida toda, o fim do único amor da vida daquele menino, e então os anos se passaram, se passam e passarão e aquele menino, poeta, observador, lá do início, se tornara um ser frio e sem valor para si mesmo, um ser cujo seu valor morreu junto ao seu amor, mas que nunca deixou de acreditar em outras simplicidades e virtudes da vida; como as estrelas, o céu, a família, Deus e os amigos que sempre fizeram parte da vida desse menino que morreu com uma esperança bem maior do que a do seu grande amor, a esperança em uma vida eterna.


[Cícero Rodrigues]

- Desculpem pelos erros gramaticais e ortográficos, comentem e/ou compartilhem, críticas também são bem vindas.

sábado, 19 de dezembro de 2015

A Fé me sustenta


Me sustento pela Fé
Não me torturo pelo o que dizem de mim
Eis que pela Fé me sustento
Não me drogo pelos que ainda sussurram de mim
Se então a Fé me sustenta
Jamais cegáreis-me os olhos diante deste falso mundo
Ainda digo que o que me sustenta é a Fé
Pois já derramei o líquido podre de orgulho do meu copo
Contínuo a murmurar que a Fé sempre vai me sustentar
Destas tolices do mundo eu já me enfastiei
Até no último suspiro direi que a Fé me sustenta
Pois já me afogo no enxofre deste mundo profano e cruel
E para sempre persistirei em dizer que com a Fé eu me sustentei, eu me sustento e sempre vou me sustentar.


[Cícero Rodrigues]