O amor é uma constante
Um vez amargo, uma vez doce
Uma vez tédio, uma vez contagiante
Uma vez frio, uma vez fogo
O amor é uma constante
De conceitos anômalos
De palavras melosas
De eternidade e instante
O amor é uma constante
De pessoas imprevisíveis
De corações inocentes
De almas vibrantes
O amor é uma constante
De conselhos atrapalhados
De palavras surreais
De inspiração aos amantes
O amor é uma constante
De tristes histórias
De finais felizes
De pensamentos distantes
O amor é uma constante
De corpos teimosos
De línguas molhadas
De romances excitantes
O amor é uma contante
Que atravessa a morte
Que sobrevive a inexperiência
Que brada ao apaixonado com uma voz gritante
O amor é uma constante
Que paralisa o tempo
Que a cada instante revolta e consolida
É um sentimento manifestante
O amor é uma constante
Que jorra em seu próprio jardim
É um sentimento abstruso inquietante
Imutável que nunca verá seu fim.
C. Rodrigues