Sejam Bem Vindos ao Fantástico Mundo da Poesia

domingo, 20 de maio de 2018

Fulga Para a Felicidade


Vamos fugir
Voar no céu azul
Pular de uma montanha ao Chile de mãos dadas
E deitar sobre o sol quente
Fazendo anjinhos na praia de areia fervente
E sorrir o tempo todo
De lástimas do passado
E amar a todos e ser quem sabe amado

Vamos fugir
E a noitinha curtir vagalumes e os lindos lírios da noite
Tomar banho num rio de água gelada às duas da manhã
Viver assim, sem sentido
Sem responsabilidades
Tentar descobrir a nosso jeito
As futuras probabilidades
E todos os muitos segredos

Vamos fugir
Escutar Skank e Chorão
E sair dessa loucura toda que é o barulho da cidade
Quem sabe experimentar sorrisos diferentes
E aos tristes contar piadas relevantes
E dar abraços nos experientes
Envergonhar todos os muitos amantes
E nos beijar todos os dias de um jeito diferente

Vamos fugir
Todos nós
A pé ou de carona com a felicidade
Se não tens companhias pode ficar a sós
E feliz seremos pela eternidade
Vamos desertar das cidades e engolir as brisas do vento
Apertar as nossas mãos e firmar lealdade
Como doces crianças que vivem no transcender do tempo

Cícero Rodrigues

quarta-feira, 16 de maio de 2018

Versos de um Futuro Incerto


Como pude
Magoar o amor da minha vida?
Se um dia eu mude
Arrancarei-a de sua vida sofrida
E trazerei-a para meus braços mórbidos e frios
E por todas as vezes que chorei
No remanso do amor na escuridão do meu rio
De águas de choro e desgosto em arrependimentos bradei
Abraçarei-a no mais mortal dos abraços de amores
E firmarei o pacto da eternidade
Num casamento a beira de um lago
Esquecida as calamidades
Deitaremos às estrelas
Num campo de palhas secas
Ou na úmida campina da montanha esquecida
Teremos a noite clímax
Eu aquecido e ela aquecida
E uniremos nossos corpos já no àpice do alívio
Pagando tudo o que devíamos ao passado decepcionante
E jaz deitada de bruçus ao aconchego do meu peito
Excitadamente apaixonante
Observarei-a como um anjo protetor
Que morre se morrer seu amor

Cícero Rodrigues

terça-feira, 15 de maio de 2018

Poesia Ciumenta


Tentei por vezes fazer romances
Na calada da noite e o vento ruivando os pelos dos meus braços
Tentei esquecer poesias de amores e lances
E abraçar romances de amassos

A poesia que é ciumenta
Tirou-me o fôlego e pertubou-me a mente
No alarido das confusões que me atormenta
Restaram-me suspiros sem inspiração e somente

A poesia me vigia
Dormindo de gritos ou tão serenamente
Na morte ou dia-a-dia
Me consola eternamente

Cícero Rodrigues