Sejam Bem Vindos ao Fantástico Mundo da Poesia

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Palavras Amigas


Queridas palavras
Amigas de lentidão
Fieis da eternidade
Do poeta da paixão
Riscos de caneta
Borrões do coração
Palavras obscuras
De loucura e ilusão
De singular ou plural
Mar de imensidão
De letras e vinhos misturados
E o poeta caído ao chão
Bebados são os versos
Extasiados na perdição
Ao que queriam extressar
Dos sentimentos que é em vão
Da orgia das palavras
Embebedadas de inspiração

C. Rodrigues

domingo, 21 de janeiro de 2018

Um Poema de Criança


Hoje eu encontrei
Uma taça de lembrança
Que um passado tanto amei
Nos meus tempos de criança

Dos meus pés correndo ao chão
Na sujeira da herança
Enlamiando o coração
Nos meus tempos de criança

Das fragâncias de aventuras
Na suave e doce ignorância
No passado das boas torturas
Nos meus tempos de criança

Da face suja
Naquele olhar de menino repleto de confiança
Das amizades corujas
Nos meus tempos de criança

Hoje ria no meu lar
Do tolo desejo na esperança
Por crescer preferiria estar
Nos meus bons tempos de criança

C. Rodrigues

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

De Quem Me Deixou


Sou
Poeta sou
De velhas palavras
Que o amor apagou
De versos sinceros
Que ao vento voou
De amores da vida
Que a razão levou

Sou
Poeta sou
De gritar, dizer:
O amor é tudo e nada
De falar e de sofrer:
Meu coração nada
E de tanto nadar afogou-se
E morreu no tolo múrmurio da noite

Sou
Poeta sou
De quem queimou meu amor
De quem me matou
E me deixou 🚶🏻‍♂

C. Rodrigues

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Da Vida Forte à Morte


E veio a vida
No início
Sem razão
Vislumbramente sem sentido

E veio os ventos que pra cá
Empurraram pessoas

E veio pessoas que amei e enjoei amar

E veio as loucas poucas aventuras
Duras e momentaneas

E veio meus pés descalços
Na pilha amontoada de brasas quentes

E veio até alguns sorrisos
Que imploravam em ser verdadeiros

E veio amantes e paixões antes
E pouco muito pouco amor

E veio como uma tortura eterna o tempo
Que de intenso tinha tudo

Pois veio a morte
A senhora do choro e da lástima
Sem o último sorriso, e beijos e abraços
Somente as palavras que o tempo não corrói
Que de pensar em tão profunda dor
Ainda em meu coração dói.

C. Rodrigues